segunda-feira, 9 de junho de 2008

Garganta


Até onde posso ir para você me enxergar

Até onde me negar para que possas me afirmar

Até onde caminhar se meus passos não cruzam com seus abraços

Até onde correr se meus meus pés não sabem onde vai você


Para quê saber

Por que me importa teus passos

teus abraços, teus sonhos, teus laços


Para quê me adianta saber

se eu não posso estar em teus braços

caminhar ao lado dos seus passos, do teu lado


Ir...para onde só exista a possibilidade de te esquecer

Negar só torna mais afirmativo, torna verdade as dúvidas

Negar atrae-me a você, então não posso ir.


Posso no entanto deixá-lo crescer, até não ter espaço nenhum dentro de mim

então por certo esquecerei de ti, exagerado que se tornas-te

Por certo já não quererei saber de sua vida, de sua lidas

não abrirei mais as cartas onde suas mal traçadas linhas arranharam minha carne, meu coração

não correrei mais ao som da voz, porque morto em mim, já não poderei te ouvir


QUem dera esse dia chegasse logo

por enquanto resta-me essa afiada lâmina

para cortar-lhe a garganta, até você me implorar que fique contigo.

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